El Comité Portugués para el Año Polar Internacional se puso en contacto con nuestro blog y nos pidió que diéramos a conocer las actividades que han venido desarrollando en esta campaña de verano 2008-2009.
Transcribimos parte de su mensaje:
Estoy contactando en nombre del comité portugués por el API.
Quiero, antes de mas, saludar ustedes por la calidad de la información sobre temas polares en su blog antarticos.blogspot.com
Nosotros gustaríamos mucho de participar en este blog dando a conocer nuestras actividades, tanto científicas como educativas, sobre todo teniendo en cuenta la comunidad portuguesa con interés en las regiones polares.
El sitio www.portalpolar.pt es donde damos a conocer todas las actividades y noticias polares. También puede consultar y difundir las campañas científicas portuguesas en la Antártida aquí
Programa nova generacion para cientistas polares en colaboración con la Argentina e España.
Diario de la Campaña 2008-2009
Gracias por su cooperación,
Saludos cordiales
Ana Salomé
Programa Polar Português / Comité Português para o Ano Polar Internacional
Centro de Estudos Geográficos - Universidade de Lisboa
Faculdade de Letras, Alameda da Universidade, 1600-214 Lisboa, Portugal
E-mail: comite.api@gmail.com | Tel: +351 217940218 | Fax: +351 217938690
www.portalpolar.pt
A continuación transcribimos un post del Diario de Campaña, que están publicando.
Diario de Campaña: 29 de enero de 2009
Estou a bordo do navio Las Palmas e acabei de deixar a ilha Deception. Zarpámos às 18h em direcção à Península de Byers e depois para Hurd, onde vou regressar para terminar os trabalhos próximo da base Juan Carlos I e na região da base búlgara. É uma sensação especial deixar esta ilha vulcânica fantástica, quase sempre envolta num tecto de nuvens que deixa com um ar pesado os terrenos de cores vermelhas, cinzentas e castanhas, pontuados por glaciares nas partes altas.
Passei os últimos nove dias em Deception ocupadíssimo com as tarefas do projecto. O plano original seria ficar ainda por mais uma semana, mas o atraso de 10 dias no equipamento, obrigou-me a regressar à ilha Livingston para terminar os trabalhos que deixei por fazer.
Em Deception, o trabalho foi intenso, e dividi-me entre Crater Lake onde fizemos perfurações com a equipa russa do David Gilichinsky, a área de Irizar, onde estamos a instalar um novo sítio para monitorização do permafrost, e a área das ruínas do refugio Chileno, próximo de Pendulum Cove, onde estamos a estudar a degradação do permafrost. Foram dias muito produtivos e estou muito satisfeito com os resultados.
Apesar do mau tempo, que limitou muito os trabalhos e que nos obrigou a passar bastante frio, com as roupas molhadas, conseguimos fazer as tarefas que nos tínhamos proposto.
Apenas as perfurações em Crater Lake correram pior do que o esperado. O objectivo era atingir 25m de profundidade, mas apenas se conseguiram atingir 6m em duas perfurações. Abaixo dos sedimentos vulcânicos, a perfuradora russa lutou contra uma camada de basalto, que não conseguiu vencer. Queimaram-se 3 motores e houve vários dias em que se avançou apenas alguns centímetros. Devido às limitações no transporte, a equipa vinha preparada com uma perfuradora ligeira e que apenas serve para perfurar em sedimento. Foi frustrante não se ter ido mais fundo, mas já estamos a fazer planos para numa próxima campanha utilizarmos um sistema diferente. Ficamos, de qualquer modo, com duas novas perfurações para monitorização do permafrost, conseguimos obter dados de extremo valor para ajudar na interpretação das sondagens de resistividade eléctrica e foi possível recolher varias amostras para análise microbiológica. Os russos procuram exemplos de vida em ambientes frios extremos, pois estão interessados em estudar análogos com o que se pode passar em Marte.
Os dias que passei na Base Gabriel de Castilla do Exército Espanhol foram muito bons. O pessoal foi fantástico e apoiou-nos em todas as tarefas que necessitámos e estou muito agradecido pelo que fizeram em apoio ao nosso projecto. Também na Base Argentina de Decepción, onde estão os meus colegas Mário Neves e Vanessa Batista, o apoio tem sido inexcedível, tanto da parte dos técnicos, como dos militares. É difícil de traduzir em palavras a minha satisfação e o agradecimento que sinto pelo apoio que países como a Espanha, Argentina e a Bulgária têm dado nas várias campanhas que o grupo de investigação do CEG tem vindo a desenvolver. É um apoio único, que tem permitido que a actividade científica portuguesa se tenha vindo a consolidar na região da Península Antárctica nos últimos anos. É bom também ver o nosso esforço reconhecido pelos nossos companheiros antárcticos, quer técnicos, quer cientistas, e sentir que o Programa Polar Português se começa a consolidar por estas regiões austrais.
(Gonçalo Vieira, a bordo do Las Palmas na ondulação suave do Estreito de Bransfield)
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